Eleição no Garantido- 30 de Agosto



É claro que você como meu amigo sabe que sou torcedora do Boi Bumbá Garantido, aquele todo branquinho com um coração vermelho na testa (foto).
Estou sócia do Garantido desde 1995, e nesses 14 anos, vi de tudo um pouco...
Vi o crescimento do Garantido na Arena, o que mudou completamente a cara do Festival. É claro que isso sempre foi um esforço coletivo. Em Parintins se diz sempre que quando se ouve o rufar do tambor é hora dos camisas encarnadas irem à luta e trazer mais um campeonato.
Um dos ganhos, em minha opinião, da Comissão de Arte do Garantido, sempre foi a superação. Quando você acha que o Garantido veio lindo, no próximo ano ele te leva ao delírio e você chora e chora muiiitooo, feito bebezinho, ou como um bezerro desmamado.
Mas nosso Boi hoje, cresceu, tomou para si a responsabilidade de representar a cultura do nosso Estado, e isso trouxe uma necessidade de ampliação da visão administrativa dos nossos dirigentes, o que até o momento nenhum dos nossos “presidentes” eleitos teve a capacidade de enxergar.
Quando eleitos, ficam surdos e cegos, esquecem o compromisso de moralizar, valorizar e principalmente cultivar a herança deixada pelo mestre Lindolfo Monteverde, que é brincar de boi.
Então me pergunto: I) como posso brincar tranqüila enquanto os meus amigos que fizeram uma proposta profissional financeira não recebem? II) como posso brincar de boi se o titulo de campeão é questionado amplamente sob suspeita de ser armado? III) como posso brincar de boi se o “presidente” faz do Boi o seu sustento pessoal? IV) Como posso brincar de boi se todos que estão no poder saqueiam os cofres da Associação sem dó nem piedade?
Estamos em mais uma árdua missão: Eleger a nova Diretoria da Associação. São dois anos que podem se transformar em dois séculos, podem significar mais dois anos de sangramento financeiro, de sangramento moral, de desrespeito ao Associado que vota, vai de barco para Parintins (sua diretoria vai de avião), compra seu ingresso para ver o Festival (sua diretoria doa para sei lá quem os ingressos dos associados), que chega às 10h no Bumbódromo, confere os seus itens de galera, vibra, emociona os jurados, faz a diferença, e mostra para o mundo o que é ser Garantido - enquanto sua diretoria chega na hora da apresentação do Boi, porque antes estava no Camarote Vip, bebendo o seu bom uísque, gastando o dinheiro que deveria pagar o artista que vive honestamente do seu talento.
Não é fácil, mas desta vez estarei mais perto, vendo de pertinho as ações desses bacanas do meu Boi, desse povo que nem sabe o que significa a Baixa da Xanda... Eu vou pra lá com a minha CAMISA ENCARNADA e o meu Estatuto na mão. Aguarde-me que eu vou e vou mesmo
!

Brincadeira de Criança


Versão na integra do filme "Brincadeira de Criança, melhor filme CAMPANHA SOCIAL do UM AMAZONAS 2009. Produção e direção de Lydia Lucia... FELIZ FELIZ FELIZ ... rindo com as paredes.....



Ausencia temporaria


Amigas (o) estou em fase de conclusão de uma oficina prática para produção de documentários. Esse é o principal motivo de termos atualizações no blog,mas sexta-feira (17.07) volto com muita novidade ... Estou respondendo (coletivo) os Emails recebidos, cobrando as atualizações.... beijos e continue acessando o nosso BLOG. Lydia Lucia

CAXEMIRA campeã

Felicidade Pura, alegria de fã.

Apuração Dança Internacional da Caxemira

Apuração da Categoria Especial, da Liga dos Grupos Folclóricos do Amazonas - 53º Festival Folclórico do Amazona.s

Dança Internacional da Caxemira ... vai para a categoria SUPER.... felicidade total!!!!!!!!

Avenida São Jorge, parada de NOVO

Hoje 18.06, moradores da área alagada do São Jorge, paralisaram pelo segundo dia consecutivo o acesso à avenida.

MInha amada Avó "Maria Pretinha"




Algumas lembranças voltam sempre. Maria Pretinha (foto) era minha avó materna. Pense numa mulher linda, forte, corajosa e honesta.
Nordestina, descendente de negros lá de Cabo Verde, falava alto e amava muito. Hoje, que sou avó, é que percebo o quanto de amor foi renovado.
Lembro muito da Dona Maria Pretinha, parteira por excelência, rezadeira das boas. Eu morava no Beco do Macedo (N. Senhora das Graças) e vinha aos domingos ao São Jorge. Tomava chafé - café feito da folha caída do pé de café no fundo do quintal - comia pão de metro, medido cuidadosamente por ela, contando onze pedacinhos, melados na manteiga. Eu adorava!
Ficava vendo minha avó fazendo as coisas da casa, sempre reclamando das galinhas, dos patos, dos coelhos, dos cachorros, dos gatos, das picotas. Nossa, eu nem consigo descrever a sensação de vir para o São Jorge! E as frutas? Tinha de tudo no quintal da vovó: sapotilha, jenipapo, banana pequena, comprida, amarela, roxa, ingá, cupuaçu, caju, goiaba, jacá, ginga, ata e muito mais.
Tudo isso dava um cheiro no Morro da Coruja! Um encanto inesquecível! Eu via minhas tias adolescentes indo para o arraial do São Geraldo, minha tia Marly indo para o ensaio do Bem Ti Vi (Joana Galante), mamãe para o ensaio do Papagaio (Seringal Mirim), meu tio Zeca para o ensaio do Corre Campo, minha tia Ioná indo para a Tribo das Andirás, era uma muvuca total. Mais tarde meus irmãos Dário, Kid, eu, tia Marília,tia Lucia, acompanharíamos o resto da família nos ensaios do Pássaro Corrupião da Dona Esmeralda, aqui mesmo no bairro, lá no aterro.
Minha vó dava a maior força pra turma e sempre que podia acompanhava. Isso quanto não tinha uma festa de Santo, na casa de um compadre ou comadre... Ela incorporava e bailava linda, feliz, trazendo a tona a sua raiz africana... Eu ADORAVA ver o colorido da saia dela rodando ao som dos atabaques.
Sem exageros, minha avó ajudou a vir ao mundo metade da população do São Jorge. Ela, como parteira, fazia do quarto do casal uma sala de parto, acomodava as paridas na casa dela até o sétimo dia... Quem não gostava nada disso era meu avô, que tinha sempre que dormir com meu tio Luiz.
Eu, como primeira neta, era o dengo da casa. Quando adolescente, vovó era minha confidente, era meu caixa-forte, tirava o dinheiro enrolado cuidadosamente do cabelo pixaim, e me dava, não sem antes me elogiar de todas as formas (adorava chamar um palavrão!) e eu, aprendi diversos, inúmeros e tento falar com a mesma ênfase, sempre bem empregados, não desperdiçando uma boa oportunidade de zoar com alguém, bem ao estilo da Maria Pretinha.

Dança Internacional CAXEMIRA

53º Festival Folclórico do Amazonas! Entre tantas coisas boas, tem a DANÇA INTERNACIONAL CAXEMIRA. Acredite se quiser, mas ela começou bem antes dos globais descobrirem o Caminho das Indias... pode aplaudir!!!!