Era uma vez...




Desta vez eu LIGUEI para Charlene Duvallier e quando eu disse ALO ela gritou do outro lado: Sem mimimi, não vem com esse chora meu nego, por que meu leite nem derramou. Vai logo me dizendo em que escola esse professor José Melo lecionou?  

E, gaguejando, tento falar, mas Charlene engata mais indagações.

Um professor de História que não entende que a ação da CULTURA É TRANSVERSAL... PQP com farinha d’água! Só assim pra desentalar e engolir essa ação DESASTROSA do corte nas verbas direcionadas aos eventos populares.

Esse governador, contador de estória de terror, em declaração tendenciosa, afirmar que prefere investir na saúde, ao invés de cultura... Isso é um engodo! É dever do ESTADO garantir saúde, educação, transporte, segurança e lazer para o cidadão. Não existe isso de prefiro esse ou aquele serviço. 

Tem que cuidar de tudo, foi para isso que ele foi eleito, CUIDAR dos interesses dos amazonenses... E queremos sim SAÚDE, SEGURANÇA, TRANSPORTE, EDUCAÇÃO E CULTURA... Fazemos a nossa parte pagando impostos. 

Quanto à cultura, essa coisa de desocupado, povo marginal e encrenqueiro... Escuta essa Zé... Somos nós, os fazedores de cultura, quem elevamos a autoestima de uma nação, auxiliamos na saúde mental, física e psicológica da população nas mais diversas classes sociais e limitações físicas. Tiramos da rua pessoas em situação de risco, aquela camada da sociedade que o Estado esconde a existência, recuperamos os desajustados sociais que o Estado joga fora como se fossem engrenagens que não funcionam mais. 

Somos nós fazedores de cultura que damos visibilidade ao Estado do Amazonas com a realização do maior espetáculo de teatro a céu aberto da América Latina, um festival realizado por Garantido e Caprichoso, que recebeu o selo por 100 anos de existência de manifestação cultural, e é reverenciado no mundo inteiro...

E tem mais... Entre as tantas culturas existe uma que você não pode esquecer: a dos xamãs, feiticeiros e macumbeiros... Aquele povo que pode colocar o teu nome na PIMENTA sr. JOSÉ MELO DE OLIVEIRA. 

Só consegui gritar: Charlene, cria juízo!

meu feicibuque: Charlene Duvallier

Rivalidade é boa pra vencer o contrário.# prontofalei!




Pisei em solo manauara e Charlene Duvallier me faz uma advertência:  estou indo para a sua casa.
Eu fico sem ação, não consigo reagir à tanta falta de noção... Acuada, respondi: TÁ!
Um banho rápido, sorriso no rosto e uma paciência de Jó, e minha fiel e mais amada amiga chega...
E dispara... Fala sério, amiga! Que historia é essa de misturar as cores vermelha e azul? Pelo que eu sei o que resulta é um MONSTRO DE UM ROXO e não amor.
Charlene, eu acredito que nos dias atuais, a tolerância é maior, os torcedores estão menos agressivos...
Sério? Vou chamar o CONTRÁRIO de QUASE AMIGO, é isso?   A nossa rivalidade não é cultura? Pelo amor de qualquer coisa! É muita modernidade pra minha tolerância!
Neste ponto da conversa, qualquer tentativa de argumentar com Charlene cai por terra... fico em silêncio, aceitando que no fundo ela tem razão.
Ela continua quase sem respirar: Fofa, no Garantido não existe meio torcedor, meio apaixonado, somos do CALDEIRÃO VERMELHO, defensores dos CAMISAS ENCARNADAS, o POVO DE ALMA VERMELHA... Esses mantras são emitidos por TORCEDORES que entendem que vermelho é vermelho e as outras cores, são as outras cores. Torcedores que sabem o que Boi-bumbá de fé, de raça, está aqui,  e que do lado de lá tem um...(esqueci a palavra rsrs) . Somos tradição, somos o ORIGINAL que o contrário copia.
Sem essa de querer ser AMIGUINHO... Somos CONTRÁRIO e pronto!
Consigo, desesperadamente, falar bem baixinho: Charlene existem 305 dias livres para amarmos nossos amigos azulados, ambientes neutros, territórios livres que podemos usar para papearmos e rirmos das artimanhas criadas nos 60 dias de clímax do festival, pois existe do lado azul, um povo tão apaixonado, tão guerreiro quanto eu e você, que estamos do lado de cá da Ilha.
E a desaforada grita: Mas nos outros sessenta dias eu quero DISTÂNCIA!

Acesse também o feiceibuque de  "Charlene Duvallier"