Amazônia do Povo Vermelho

 

                                                     Fofo: Divulgação

E Charlene Duvallier me acorda eufórica com a torneirinha de palavras abertas ao máximo.

— Bom dia, fofa!! Você assistiu a laive de lançamento do nosso Garantido, ontem? 

Infelizmente, não. Estou em crise de sinusite e fui cedo pra cama, mas como eu já esperava pela sua completa narrativa, pode começar.... Bom dia, Charlene Duvallier (quase pago de mal-educada).

— Começaremos do começo: Chegando na Cidade Garantido, a cidade Branca e Vermelha, onde o vermelho desperta a máximo de ousadia, que faz meu sangue ferver, e ai... (pausa longa) dou de cara com um palco BRANCO! Nada contra, mas estou saindo de uma rotina dolorida de idas e vindas em corredores hospitalares, e aquela imensidão branca, esse vazio, me jogou nessa memória  tsc, tsc, tsc.  (teria sido uma exigência do dono da casa?)

Fico pensando, no básico do básico em eventos, CENOGRAFIA X AMBIENTAÇÃO E DECORAÇÃO.  Precisávamos ser jogados nesse mundo colorido que é o Garantido, sentir a vibração de todas as cores, já era de conhecimento público que o TEMA seria a AMAZÔNIA, então???????  Esse vazio na ambientação já é devido ao desmatamento???? Gente da inteligência divina, desculpa, mas eu não sou tão inteligente, sou apenas, falante, preciso de coisa mais simples, mais objetiva.

Segue o espetáculo... em um evento, todo show é principal, deixar os primeiros cantores sozinhos, sem apoio do bailado do Garantido Show, foi tortura chinesa, até porque, imagem é tudo, cantar no seco, para uma plateia fria que está se organizando no salão é para os fortes. Meus parabéns e abraço calorosos para o Patrick Modesto, Adriano Carvalho, Gilson Matos e P.A Chaves, vocês foram mais que foda, foram FODEROSOS.

Falando em plateia, salão, pista... gente, deixar os pagantes das mesas  na frente do palco, é limitador para todos... mesmo com aquela língua, seria uma representação da Ponte do Rio Negro no palco???, não deu, não ornou as mesas naquele espaço: 1-não tem espaço entre as mesas e cadeiras para os finos se rasgarem; 2) o povo que grita, pula, agita o evento, é  o povo dos dez reais, que dança e fresca com a latinha na mão; 3) ficou um buraco do pinto, apertadinho, assim, vendo de longe, parece que não houve custo beneficio para a compra de mesas.

Não sei para os cantores, mas para mim... batucada é no palco! Vê a evolução de alguns surdos, suados, a coreografia da batucada, mexe comigo, intimamente.

Massssssss!!! Vamos ao tema: AMAZONIA DO POVO VERMELHO, de cara tomei um susto, me lembrou os filmes de roliude, onde os brancos, chamavam os indígenas de “peles vermelhas” isso, só por isso, eu gosto da frase assim: POVO DE ALMA VERMELHA!

 Os temas com a temática amazônica já entraram 11 vezes na arena com o Garantido, dessas 11 vezes, 05 levaram o título de campeão. Eu acredito na capacidade intelectual do DGE em desenvolver o tema sem cair na repetição de versões da famigerada e extinta comissão de arte.  Só um parêntese (...) Porque o estandarte veio o tema anterior??? Pelo que me lembro, o estandarte “obrigatoriamente” representa o TEMA... égua, é muita modernidade, é muita novidade... Teremos um espetáculo, fundamentado, para seduzir qualquer jurado.

Quanto ao DGE (Direção Geral do Espetáculo) 18 nomes foram apresentados e desejamos boa condução ao espetáculo e que tragam o título para o Boi da Baixa... Mas a proposta de frear os  gastos, fazer uma organização enxuta???... credo, modernidade, nem parece  o novo. 

Alciro Neto ( Netinho, rsrsr) bem vindo, exemplo  de meritocracia, justa e merecida a oportunidade,  como Item Substituto do Apresentador Israel Paulain,   ficarás  mais famoso que “aquele teu  tio”. Sucesso!!!!!

E por falar em apresentador...esse profissional de evento, existe para ser a VOZ do dono do evento, para dar o andamento da organização no evento... não é uma pessoa para encher o espaço vazio, ou entreter o público nos intervalos, roteiro geral do todo o espetáculo, direcionamento, produção  e orientação fazem toda a diferença no show.

— Fofa, estais ai? Tá ouvindo???

— Sim, Charlene Duvallier, estou aqui!

— Fofa quero criar um grupo no uatizape!

— Hum!.. para que e qual o nome do Grupo?

— Quero ter seguidores quero ser famosinha, falar mais besteiras.... o nome seria P.G. A, antes de você perguntar, eu digo: Povo Garantido da Antropofagia (cultural é claro).

— Charlene, sem grupos, bastam as confusões que você cria em nosso blog. Tento desligar,  medo de ouvir mais delírios e  ainda ouço Charlene diz: Não basta ter a pele, precisa ter a alma vermelha!!!

 

 

O Profeta da Baixa - Fred Góes

 



Em uma postagem, na fanpage, do cantor Antônio Pereira,  li na programação do Projeto Nossa Música85,o nome de Fred Góes, fiquei curiosa para saber da memória,sobre aquele, momento para o poeta da Baixa.

E vamos lá, uma boa leitura!

Em setembro de 1984, Fred Góes, que vinha de larga experiência na música latino-americana com os Grupos Chaski, Machitun e o Internacional Raíces de América, e Zeca Bahia, compositor da música Porto Solidão, sucesso nacional na voz de Jessé, estrearam no Teatro da Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo, o show FLOR DA MAGIA, com músicas e poemas dos dois compositores.

 

Zeca e Fred moravam em uma casa na Vila Madalena, onde contribuíram na criação da famosa Feira da Vila. Alí receberam o saudoso jornalista Orlando Farias, com quem Fred dividiu parceria nas canções "Lumes" e "Viajante Renitente", o  cantor e compositor Pedrinho Ribeiro e o então Superintendente de Cultura, Lino Chícharo.

 

A convite de Lino vieram a Manaus para apresentar o show FLOR DA MAGIA no Teatro Amazonas, onde estava sendo realizado o Projeto Nossa Música, evento importantíssimo que projetou grandes nomes da música amazonense, como Cileno, Candinho e Inês, Guto, Raimundo Pereira, Jorge Jucá, Adal Santos, Roberto Dibo, Natasha, Pedrinho Ribeiro e muitos outros artistas que foram surgindo na esteira de todo um movimento musical que acontecia em Manaus, identificado como Música Popular Amazonense(MPA).

 

Era o mês de junho e, na ocasião, Fred e Zeca participaram ainda do Show de lançamento da Legalidade do Partido Comunista do Brasil, na Praça São Sebastião, que contou com a presença da atriz Beth Mendes.

 

Com o Projeto Nossa Música acontecendo no Teatro, não havia espaço para a apresentação do Show FLOR DA MAGIA e Fred Góes acabou dividindo o palco num show com o Grupo Tariri, que tinha Natasha como cantora, e Zeca Bahia se apresentou em um show com Pedrinho Ribeiro.

O registro da participação de Zeca Bahia e Fred Góes está no álbum do Projeto Nossa Música.

 

Depois do Show no Teatro Amazonas, Fred Góes, junto com Zeca Bahia, foi a Parintins assistir o Festival Folclórico pela primeira vez, pois morava em São Paulo desde maio de 1965, exatamente no ano em que aconteceu o primeiro Festival.

 

Fred e Zeca retornaram a São Paulo, Fred apenas para resolver seus compromissos e voltar em seguida para Parintins, ele e o filho Marcelo do primeiro casamento, dançarino e coreógrafo que hoje vive na Bélgica, onde trabalha e dá aula.

 

Em síntese, o Movimento da Música Popular Amazonense(MPA), que acontecia em Manaus e o espetáculo FLOR DA MAGIA, apesar de não ter sido apresentado no Teatro Amazonas, acabaram sendo responsáveis pelo retorno de Fred Góes a Parintins.

 

A partir daí o envolvimento com o Boi foi inevitável, dividindo o trabalho como correspondente do jornal A Crítica, a Direção de um jornal local na TV e o jornal O Parintins, criado por ele e os irmãos Bené e Vander Góes, que circulou durante 10 anos na Ilha.

 

Foto: Juçara Menezes 



Fred Góes  — Jornalista, dono de um prêmio Esso Nacional,         músico, compositor, coordenador  da extinta Comissão de Arte do Boi Garantido.


Manipulação nas redes sociais

 


Ao olhar o visor do celular, identifico a origem da chamada, Charlene Duvallier, respiro fundo e atendo, calmamente: diga meu bem! E ouço um carinho sonoro

— Fofa, tu és fofa mesmo?

Sou elevada a milésima potência do sobressalto, mas respondo- Charlie, sou fofa, literalmente, fofa. Mas o que está acontecendo?

— Me responde o que é Fake News? Como identificar uma fake News?

Bom ao pé da letra é Notícia FALSA, como identificar? 1) a fonte geradora da notícia; 2) quantas pessoas confiáveis comentam sobre a veracidade da notícia; 3) se, citar alguma pessoa conhecida, acessível, ligar e perguntar se é verdade o que ela publicou.

— Tá complicado permanecer online, diariamente descobrimos perfis falsos nas redes, tenho medo de estar jugando errado, compartilhando mentiras, sendo cúmplice em alguma injustiça.

Minha favorita, essa coisa dos enganos, engôdos é antiga e histórica, “maquiar alguns fatos, florear atitudes, engrandecer coragem”, ta cheio nas biografias de muitos heróis, Charlene, na sociologia o conceito de pós-verdade, explica onde a notícia falsa se fortalece.

— Onde, nas redes sociais?

Também, é claro! As informações falsas, se agigantam quando atingem pessoas que encontram nas notícias falsas, seus direcionamentos morais e crenças, desta forma, ele não analisa a informação, exclui a possibilidade de análise critica, não vem para o debate das ideias, só vem sair para o ataque do alvo escolhido para ser denegrido, sustentado pela bandeira da mentira.

— Então, eu posso me tornar responsável quando compartilho mentiras, em vender gato por lebre, oportunista por gestor, incompetente por talentoso???

Infelizmente, sim! Tem um ditado antigo que diz: uma mentira bem contada (hoje, viralizada) se torna verdade. Mas no teu caso, você não cai nessas armadilhas das redes sociais, você tem pensamento crítico, senso crítico apuradíssimo, questiona e não é propensa acreditar cegamente em perfil que só tem um foco: maldisser  pessoas, contrarias as suas atitudes, ou escondes os “pecados de outras. Você, Charlene Duvallier, sempre foi estimulada a questionar e analisar a construção de uma notícia falsa, ou com meias verdades.

— Fofa, você, quando quer ser chata, abusa; bastava dizer que eu não sou Maria vai com as outras.

Charlene Duvallier, há de se ter cuidado com tudo que compartilhamos, precisamos sempre buscar informações seguras da fonte que compartilhamos. Por outro lado, existem aqueles que são a fonte geradora das notícias falsas, portanto, promovem o compartilhamento com segundas intenções, leia nas entrelinhas, vá além da leitura, interprete o texto.

— Entendi, começo a perceber uma onda crescente de perfis nas redes sociais, que usam a tática de ataco primeiro, estou devendo, então mudo o foco do assunto, lanço mentiras para esconder as trapaças... Vixi... agora que já sei identificar, esse povinho do mal, não se criam mais em minhas postagens. E só pra fechar o papo de hoje, noticia, seria, boa, confiável é em nosso blog. Assinamos em baixo de tudo o que publicamos, matamos a cobra e mostramos o pau.