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Garantido por toda VIDA, tema 2023 do Boi do Povão


E Charlene Duvallier me liga eufórica.

 

— Fofaaaa, boa tarde! Você continua sob o efeito visual do amor de nossas vidas???...

 

— Você, está falando do tema do Garantido?

 

— Até poderia, mas, nesse caso, falo de Sebastião Júnior, o colírio para os meus olhos e delírio de meus sonhos… mas vamos ao tema. Você gostou?

 

— Aff!! Charlie, você com seus amores... o TEMA. Jogando fora os trocadilhos infames, ainda estou por entender o caminho que fará a NOVA COMISSÃO DO GARANTIDO para estruturar um tema tão pessoal, politicamente provinciano e desnecessariamente apelativo.

 

— Como assim apelativo?

 

  A Galera (Item 19) sempre foi o combustível extra do espetáculo de arena, mesmo quando seus adereços são mínimos e suas coreografias ultrapassadas a torcida vem transbordada de AMOR, GARRAS AFIADAS E PERSEVERANÇA. Nas três noites de espetáculo, escrevendo momentos históricos, no festival de Parintins. Com toda certeza a torcida merece um tema em agradecimento ao espetáculo espontâneo, que nos leva as lágrimas anualmente em Parintins. O que para mim, explicitamente,  não é esse  o caso aqui.

 

— Então o tema é um pedido de socorro para 2023, ou um pedido de desculpas pela apresentação de 2022?

 

— Minha leitura pessoal, as duas afirmações estão incluídas nessa cortina de fumaça, criada, para tirar a atenção dos próximos passos da gestão atual na direção das eleições internas do boi da Baixa em 2023, acreditando que a memória seletiva de alguns é a memória da maioria.

 

— Hummmm, mas na justificativa do tema, temos grandes homenagens, isso é bom não?

 

— De novo, homenagens? Estamos vivendo em círculos, homenageando sempre, as mesmas personas. Falando em texto, acho que ainda não tinha lido uma justificativa tão sumária, pensei que ainda era um texto em construção, ficou faltando algo mais que romance.

 

— Ai, fofa, você anda muito exigente, depois o povo fala que você é viúva!

 

— Acho que sou viúva de um boi elegante, forte, grande, inovador, que causa medo ao contrário, e que, arrebata corações e não gargalhadas.

 

— Depois a ácida sou eu... credo mana, volta logo desse sudeste, vem tomar banho de rio... volta já para casa, andas pensando demais... nem quero mais perguntar sobre a tua opinião dos itens coletivos na arena... vai que me decepciono por antecipação, pois levo comigo o Brado do Guerreiro por Toda Minha Vida!!!!

— Alô, Charlene Duvallier, sua grossa, desligou na minha cara. Só te aviso, vai ter volta!

 

Só esclarecendo, acho que Mestre Jair Mendes, merece todas as homenagens que o festival de Parintins possa proporcionar e ainda será pouco. Não é esse o questionamento.


EU AMO PARINTINS

 



Segurar o ímpeto juvenil de Charlene Duvalllier é uma tarefa hercúlea, a língua afiada, me acorda aos gritos: VOCÊ AMA PARINTINS????

Euzinha, vestida de paciência e docilidade, respondo... AMO E MUITO! Eu vivo de amores Charlene, você é a maior prova do meu amor incondicional pela humanidade. E, Charlene Duvallier continua disparando a sua metralhadora, sem perceber meu carinho verbal...

- Fofa, eu tenho dúvidas se gosto ou não deste TEMA. "Eu amo Parintins"  me parece uma continuidade de "Parintins para o  mundo ver" soa aos meus ouvidos nostalgia pura, e, do tipo “voltando” ao passado e não “visitando” o passado.

Como explorar o amor como tema? Vamos ter divisão étnica na arena?  Como é o amar Parintins para o branco, negro e índio? O amor para esses grupos é muito diferente. Como é o amar Parintins para o caboclo, o pescador, para o homem, mulher? Como pesar, mensurar esse amor? Amor de pobre de rico? Sei lá são interrogações contemporânea demais para minha cabeça loira processar.

Me calo, neste momento, não tenho argumentos para responder as perguntas de Charlene. Viro à página das argumentações e interrompendo a fala de Charlene, pergunto: Mas a live, foi boa!

- Gargalhando, Charlene dispara... você é mesmo engraçadinha... Live é imagem e som... o SOM era a coisa mais ausente, depois, quando veio, era abafado e fanho. Mas levando na tora o conceito de live que é uma transmissão ao vivo, sem ensaio e aquilo que permite falhas, podemos aceitar “a falta de unidade”.

Agora, sendo um mega show para apresentação do fio condutor do espetáculo de arena do "um novo tempo Garantido, foi sofrível. E nem vem, com tuas histórias de que imprevistos podes acontecer. O povo fez chamada para “SHOW de lançamento do Tema”, por isso, eu esperei um SHOW perfeito. Mas vamos lá, bem ao estilo, Jack, o estripador, por partes:  a)Grupo de dança: vim à público, se expor, apresentar uma coreografia, exige corpos bonitos, movimento harmônicos, vestimentas adequadas ao tema, se não está pronto, não vem pro mercado, sem choro; b) Repertório musical: precisa ter começo, meio e fim e nesse caminho o ápice, para quem não sabe. Todo show tem um ponto alto, senão cai a empolgação.  Cada apresentação individual era um show individual. Vozes diferentes, personalidade musical diferente, colocar tudo no mesmo nível é muito cruel e complicado, vamos abrir um parêntese aqui... Gente chega, já deu já basta de acompanhante pro David Assayag, o palco não oferece perigo pra o artista, que fica ali, paradinho, cantando... pelo amor do amor a pajem entra e sai, é feio, sem graça e desnecessário uma figura parada ao lado do rei ; c) produção de palco- espetáculo: o visual precisa ser dinâmico, e neste show o palco sem rampa, ou degrau, ensaio, orientação, sei lá, o que  faltou, mas dificultou  o retorno dos itens, para a sua evolução, se fosse até a plateia, voltar para o palco era um parto. A entrada e saída do palco, o que era aquilo?  de qualquer jeito, meio que: entra logo, sai rápido, foi  muito fod... mostrou amadorismo na produção ... Gentemmm atenção ao tempo de produção de espetáculo, existia um parceiro de transmissão, calcular o tempo de show  era fundamental... não vi o show do meu amor Paketá na TV e  no canal do Boi Garantido no youtube era “privado” o acesso. Aliás, estou quite como minhas obrigações estatutárias e pelo visto terei somente direito ao KIT SÓCIO, não faço parte do grupo seleto dos privilegiados, mesmo sendo uma associada que cumpre os seus deveres com a associação. E segue o boi  e nada muda, velhas práticas.

-Fofa, você ainda está aí? Vou finalizar prometo. Só mais uma dúvida: Ontem no show de apresentação do tema TODOS estavam sem máscaras. E por isso, espero que o EU AMO PARINTINS não leve covid 19 para quem ficou protegido na ilha.

Charlene Duvallier  desliga o telefone, me deixando  quase sem tesão para levantar da cama.

NÓS, O POVO!


Estava terminando o meu delicioso almoço e para minha surpresa ouço aquele toque: NÃO ATENDE, VOU-TE IRRITAR...!

Charlene Duvallier, animadíssima, pergunta: fofa, me responde sem pensar: e o tema NÓS, O POVO? Você gostou?
Tento responder... Mas falar mais rápido que Charlene Duvallier é uma missão impossível!!
Ela continua: Se não for uma viagem UNIVERSAL, CÓSMICA E INTERPLANETÁRIA, corremos o risco de nos vermos na arena em 2019. Chegou a hora de separar o menino do homem, o amador do profissional. 
Aproveito uma pausa para ela respirar e respondo: Charlene, a missão da Comissão de Artes (CA) é trazer um discurso forte de uso da arte como ferramenta de transformação social.
Charlene grita: Hã??? Novamente esse monte de palavras rebuscadas, que NÓS, O POVO, não entendemos a metade da tonelada que é discursada no espetáculo? 
Engasgando, na vergonha, peço desculpas. Você está corretíssima! Bom, eu acredito no tema como um recorte profundo em nossa própria historia, em nossas conquistas artísticas, culturais e sociais...
Charlene ironiza: Sério? Você consegue ver tudo isso mesmo?
Claro que sim! A brincadeira de boi-bumbá elevou a autoestima do nortista como um todo, mas principalmente do amazonense, que hoje se enfeita de penas e se pinta nas cores do seu Boi e vai para a guerra da felicidade. Socialmente nós interagimos com mais de 7.000 associados, buscando melhorias para a cidade de Parintins quando destacamos o turismo cultural, com ações praticadas o ano inteiro... Além de ARTISTA PARINTINENSE ser uma profissão reconhecida no Brasil Inteiro. 
Bravíssima, grita Charlene ao meu ouvido. Na ARENA, o que me interessa é o TITULO de campeão. 
Quero ver um BOI inteligente, forte, bonito, bem acabado, muito bem fundamentado na ARENA, quero receber NOTA 10 de todos os jurados. Não preciso de discurso filosofal, quero ação! 
Eu balbucio... Charlene Duvallier, por que você não se oferece como consultora da CA?
Charlene Duvallier vocifera ao meu ouvido: Eu estou APÓS A VÍRGULA...................., O POVO!
Eu, agora, sem apetite, reflito: Ainda bem que essa ligação não foi na madrugada!

Obs..: COMENTÁRIO É LIVRE... na publicação!!!!