Charlene Duvallier e o bafon da camiseta

Fui sacudida por Charlene impacientemente ao telefone assim de cara:

- Mandei por teu email um pfd com a entrevista da Chris Reis com o traíra.

Gente, eu estudo pela manhã, e não tenho mil olhos ou quatro mil ouvidos, como Charlene, mas saí da sala de aula para ouvir as últimas da fofa.

Segundo Charlene, o “bafon” do face do Sabá rendeu horrores e pavores, de todos os lados (rsrsrsr).

Abro um parêntese para explicar aos leitores sobre o que rolou no face: Uma imagem do levantador de toadas do Garantido com a seguinte frase “eu canto, eu danço, eu venço! Pena que o contrario não vê”.

Baixei no meu tablete o pdf e li na universidade mesmo a matéria do jornal.

Reproduzo aqui um trecho da materia do caderno Platéia.

EM TEMPO: Algumas pessoas dizem que a participação do levantador do bumbá contrário (que canta e dança) marca uma nova fase no festival. Qual sua opinião?

DA - O que o Sebastião Júnior faz o Arlindo já fazia há muito tempo. O regulamento diz que o que é julgado é: extensão vocal e interpretação da toada. Em nenhum momento fala que precisa pular e dançar.

EM TEMPO: Para finalizar, o que você acha das brincadeiras e “tirações de sarro” entre os bumbás?

DA - A brincadeira sempre foi alimentada pela rivalidade, mas quando parte para preconceitos passa a ser pessoal.

Nem bem tinha acabado a leitura e meu celular toca... Era a minha mais intima amiga Charlene Duvallier insistindo em comentar o assunto. Saí da sala de aula e fui para o jardim ouvir os queixumes da fofolete.

Essa Chris Reis é das minhas, sendo torcedora do garantido, mulher, baixinha e atrevida. Ficou face a face com o traíra e conseguiu ser elegante, serena e muito profissional para abordar diretamente o o blurei do lado de lá.

Amiga, ficou feio pra caramba aquela mensagem na camisa do Sabá, fico imaginando as frases que podem ser criadas... Vixi é melhor nem mexer nesse vespeiro.

E Charlene continuou...

Não sou mais fã do David Assayag, aquelas mágoas antigas e profundas permanecem gritando no meu peito, mas vamos dar a César o que é de Cesar... (não, não é o Brutus!). David foi preciso... “a brincadeira” deve permanecer no campo da inteligência. Tirar sarro do outro no campo da leviandade mexendo com suas limitações é no mínimo golpe baixíssimo e pouco inteligente.

Imploro para minha amiga desligar o celular, estou cheia de fome e ela larga mais uma de suas pérolas: O pior cego é, dizem as boas línguas, aquele que não quer ver, e eu pergunto:

A diretoria do Garantido tem orientado os seus itens sobre como devem se comportar publicamente?

OBS: PARABÉNS A TODAS AS MULHERES PORRETAS LEITORAS DO BLOG.

Um novo pavão no Garantido

Charlene Duvallier em show acústico

Minha mais que perfeita amiga Charlene Duvallier, irritada com o show do cantor Sebastião Junior no último fim de semana no Cirman, escreve...

Saudosa da boa toada, não quis esperar pela feirinha do Boi Manaus e comprei o meu ingresso para ouvir o nosso levantador de toadas nota 10, mas qual não foi a minha surpresa... O Júnior envereda pelo caminho da mesmice e ataca de cantor de barzinho, no melhor estilo daquele pequeno, tocador de violão, que faz um sucesso danado regravando músicas pop.

Fui impactada por um som ruim, um show acústico cheio de instrumentos elétricos no palco, uma iluminação safada...

Ou seja, sem produção de palco, sem direção cênica ou musical... Fiquei passada, precisando de ferro quente na cara!

Amiga, cheguei a conclusão que isso tudo foi previsto. Os sinais do além me diziam que alguma coisa estava mudando e eu ignorei. Primeiro vi um cartaz trabalhado em photoshop que deixava o Júnior com um batom vermelho demais, (me lembrou da noiva do filme Gremlins ; Segundo, ouvi o novo título do levantador de toadas “Príncipe Vermelho” - (muito diabólico) meu Jesus Cristinho! Chega dessas coisas! Isso nunca funcionou no Garantido. As criaturas crescem (ou pensam que crescem), se tornam egocêntricas, querem ser maiores que tudo... Terceiro, o cantor estava incomunicável, não atendia fãs, – bem que eu tentei -, amigos e jornalistas... uma coisa! Esse show não poderia sair perfeito nunca.

E assim mesmo eu fui... Uma iluminação pobre, devagar, plateia às escuras, a gente nem grelhava. E vieram as interrogações... Isso é show acústico?? Um show acústico, por definição, é realizado com instrumentos ao som natural, ou seja, nada amplificado, microfones sem efeitos, essas coisas assim. O Júnior escolheu um repertório nacional, mas acredito que, para fazer bonito mesmo, poderia ter bebido um pouco mais nas fontes regionais (seria mais elegante). Você deve estar se perguntando: essa chata não gostou de nada? Gostei! Na primeira parte a participação mais que especial do CANTOR ZEZINHO CORREA, que conserva a humildade dos grandes sábios e ídolos. E vamos respeitar...

Ouvir toadas do Garantido, da melhor qualidade, falando das coisas da nossa terra, com a nossa cara e com o nosso sotaque fez do encerramento do show o fator que valorizou o meu ingresso.

Fico me perguntando o tempo todo... Não sei, mas acredito que o Sebastião precisa de inspiração... Ou de um inspirador. Em vez de se dar títulos e se achar o bom, o melhor mesmo era ele continuar mirando-se nos bons exemplos do nosso boi.

Te mira aí, Júnior, no apresentador do Garantido, que evoluiu SEMPRE porque se mostrou humilde para estudar seu ofício e crescer somente por amor ao Garantido e em respeito aos seus fãs (euzinha incluída)!

Sebastião Júnior

Não vou escrever a biografia do Sebastião Júnior, todo mundo já fez isso, mas vamos ouvir a voz do moço que tem a responsabilidade de levantar a galera Vermelha e Branca em Parintins. a musica em questão é do cd 2009 da Tribo dos Mundurukus - Juruti/PA, Festribal... Por enquanto basta... Seja bem vindo Sebastião e que o meu glorioso Santo (Guerreiro São Sebastião) te ilumine nos três dias de decisão para uma nação APAIXONADA.