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Porque não votaria em Israel para presidente do Garantido

Por Mencius Melo
É indiscutível o talento e o carisma do apresentador Israel Paulain. Admiro o Israel e acompanhei seu ciclo de vitorias no Garantido, desde o tempo dos “Los Pândegos”, turma “pai dégua”que arrastou o curumim de família “contrária” para o coração do Garantido. Ele é o “sangue bom”, o cara família, uma figura do bem. O genro que toda mãe quer ter. Como se isso não bastasse, é o ícone do Garantido, o melhor item de arena e o ativo “ini-guá-lá-vel” de 30 pontos na contabilidade da disputa. Com tantos predicados, seria o nome ideal para presidir o Garantido, certo? Errado. O nome é perfeito. O momento não.
O Garantido é hoje um “paneiro de problemas”, não é preciso elencar, todos sabem.  Eleito presidente teria que dizer “nãos”, teria que fechar acordos alguns a contra gosto, teria que operar mudanças e escolher um lado. Apresentando o boi, seu “lado” é o Garantido, presidindo a Associação Folclórica, a história é outra. Em um ano em que o adversário resolveu apostar na volta do experiente Arlindo Jr. como apresentador, um Israel Paulain sereno e tranquilo é necessário. Não é difícil imaginar como ele se concentra para a tarefa, no qual é perfeito. Agora imaginem o “apresentador-presidente” tendo que entrar na arena com a cabeça ocupada pela “terceira parcela do pagamento dos artistas que está comprometida”, “com os compositores que acabaram de chegar com uma liminar para impedir o boi de tocar tal toada durante o espetáculo” ou mesmo com as folclóricas e graves ratadas que dizem respeito “ao patrocinador que ficou sem a roupa da batucada”, ou um “Monteverde enfurecido porque foi barrado em tal lugar”. Quem conhece os bastidores do festival sabe do que estou falando.
Unanimidade em outro campo                               
No posto de item ele é unanimidade? Sim. Como candidato, não. Não porque uma coisa é ser torcedor, outra é ser sócio votante. E, é nesse campo que reside minha responsabilidade. Não posso contribuir para que o efeito “David Assayag” se repita. Eleito, Israel herda um boi sufocado e obedientemente conspirador. Caso um adversário seu o derrote, herdará um boi dividido. Não há saída. A saída é ele não entrar. Além do quadro político, existe o patrimônio e nesse aspecto reside a perda mais grave. Não cansado de perder patrimônio estrutural como galpões e terrenos, agora o Garantido resolveu dilapidar seu patrimônio de arena.
O talento de Israel Paulain é um bem imaterial que não pode se desperdiçado em desnecessária aventura. Por isso, convido os sócios a uma reflexão sobre o assunto porque sei que o cacique político-partidário que o incentivou não tem nada a perder, a situação tem tudo a ganhar e, quem perde mesmo é o próprio Israel e o Garantido. Simples assim.
Quero Israel ITEM N 1










Mencius Melo é parintinense, jornalista, músico, compositor do Garantido e um apaixonado pelo boi da Baixa de São José.