Charlene Duvallier, minha mui amiga, me liga no feriado e
vai logo cobrando... Você esqueceu do nosso blog? Essa preguiça não sai mais
desse corpo?
Fiquei mais chocada que galinha ovada. A fofa até esqueceu o meu aniversário, mas
respondi pausadamente:
Fofinha, estive de licença médica, iniciei novos projetos,
mudei de cidade, enfim estive...
E ela dispara: O que achas das novas mudanças do contrário?
E, novamente sem esperar pela minha resposta, ela continua: A nova diretoria do contrário fez mudanças no
mínimo curiosas. O novo apresentador é o Arlindo Júnior, o antigo apresentador,
aquele mesmo que foi demitido por ser velho. Aí que te pergunto: ele ficou
novo? É novidade no cenário bovino?
E te prepara: a outra mudança seria cômica se não fosse
trágica. O novo amo do lado de lá é o Junior Paulain, aquele chatinho que só
sabe gritar na arena. Tenho até medo de imaginar as rimas que vão vir em 2014.
Mas tenho algumas boas sugestões para a nova diretoria do
boi contrário:
I – Criação da mais nova delegacia, com funcionamento no Zeca
Xibelão, DELEGACIA DO MIMIMI (choro dengoso de quem perde o festival) com
amparo na LEI MARIA DA PEIA, porque vai ser peia de novo... Só assim vai
conseguir diminuir o choro eterno dos perdedores nas redes sociais, bares e esquinas;
II – Construção do Muro das Lamentações – porque não adianta
se queixar pro Papa. Ele é argentino e fez voto de pobreza. Não gosta de
riquinhos metidos, esnobes, que inventam lendas e estorinhas pra boi preto
dormir;
III - Implantação de
um Código de Ética para os seus espiões. Os mesmos andam vendendo informações para
os coiotes de um blog amigo.
Depois de inúmeras tentativas, consigo fazer com que
Charlene me ouça:
Amiga eu acredito em mudanças...
Nesse momento sou obrigada a tirar o fone do ouvido, pois a
gargalhada sonora de Charlene me deixa quase surda...
Ao me recompor do susto, ainda a ouço dizendo: Tudo bem,
você ainda acredita em Papai Noel. Por isso te proponho um desafio: vamos
procurar a Alice? Aquela do País das Maravilhas? Tenho uma pista... Ela caiu no mesmo buraco
sem fundo em que escorrem o dinheiro dos patrocinadores do festival.
E desliga o telefone na minha cara... Mas tem a próxima,
visse, Charlene?