Ah, língua... que língua...

Minha amiga Charlene está p... da vida! Ela me liga só pra reclamar que não agüenta mais essa falta de comunicação da atual diretoria do Garantido! Maninha - ela grita e baba no meu ouvido - agora a confusão na comunicação – que só aparecia na hora de (não) comunicar alguma coisa, por mais jitinha que fosse, aos sócios – foi parar nos principais jornais da cidade!!!!
Como é que o vice-presidente não disse o que disse para o jornal A Crítica (matéria assinada pela editora de cultura Mazé Mourão) sobre a saída do Robson? O anúncio bombástico – que não foi feito, segundo o vice – repercutiu em outro jornal do mesmo grupo, mais barato e popular, e pimba... virou o assunto de todas as rodas bovinas no dia de ontem...
Hoje, o Amazonas em Tempo, que levou ontem um furo de afundar canoa, aparece com uma matéria afirmando que mais ou menos foi dito o que não deveria ter sido... mas que a afirmação, que parecia firme, fora devidamente não dita. E o Telo Pinto, esclareceu alguma coisa? - ela grita mais ainda. Se encolheu, como sempre – e estoura meus tímpanos, finalmente.
Calma. Vamos novamente por partes, Charlene, pois temos várias hipóteses para o que aconteceu:
1) Alguém não segurou a língua. Para esta hipótese, ainda existem algumas suposições:
a) Não segurou a língua por interesse de não segurar. Ou seja, tem gente importante em Parintins de olho na vaga do Israel, isto se o Robson sair e o Israel subir de posto, é claro!
b) Não segurou a língua porque ela já está separada do corpo há muito tempo.
c) A tal da língua venenosa e solta confundiu abacate com abiu. E a jornalista colheu bem maduro!

2) A comunicação no Garantido é feita, bem escritinha, com caligrafia invejável - inclusive as convocações de sócios para assembléias - em folha de papel almaço e pregada, tradicionalmente, em dois lugares, todos em Parintins: a porta do mercado e a porta da Cidade Garantido. Se esta é a realidade, aí dá pra trazer à lume (aprendi essa expressão com a Marina Silva) as seguintes hipóteses:
a) A notícia da saída do Robson da tal da folha se desprendeu com uma forte ventania e o assessor de comunicação do Garantido não teve como impedir que a folha voasse e a notícia se espalhasse.
b) A notícia pregada nas paredes, na verdade, era a de que o Robson ia arrasar na Arena, mas um fã do Israel rasurou o nome do Robson e escreveu o nome do Paulain por cima em vermelho encarnado brilhante.
c) O assessor de comunicação do Garantido é o último a saber das notícias do boi e, assim, todo mundo fala o quer, na hora que quer, menos o presidente Telo Pinto que, tradicionalmente, se cala.
Depois de tudo, ouço a risada estridente da Charlene do outro lado da linha, e a pergunta: E aí, afinal, às vésperas do Festival, quem é mesmo o levantador de toadas do Garantido? Será que essa escalação vai ser feita pelo Dunga, após o retorno de Joanesburgo ou burguer? Sei lá...

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